Na noite do dia 27 de fevereiro de 2024, uma operação conduzida pela Brigada Militar em Alegrete trouxe à luz uma descoberta alarmante na Estrada do Rincão do São Miguel, KM 14. Durante a ação, as autoridades se depararam com um jacaré adulto abatido, um indício forte de caça ilegal na região, um ato que, apesar da espécie não estar em risco de conservação, configura um crime ambiental devido à proibição de caça desses animais, mesmo para consumo.
A identificação da carcaça do animal apreendido e a consequente emissão do laudo técnico foram realizadas a pedido da Delegacia de Polícia Civil, marcando uma colaboração entre diversas forças de segurança e conservação ambiental. Mariana Costa, bióloga e especialista em fauna silvestre, explicou o processo: "Nesses casos de identificação da carcaça animal apreendida, onde eu faço a emissão do laudo técnico, é sempre a pedido do poder público, hoje foi a pedido da delegacia de polícia civil, às vezes é a pedido da Polícia Ambiental."
Mariana destaca seu trabalho voluntário em conjunto com a Polícia Ambiental, tanto no resgate de fauna quanto na identificação de espécies da flora e fauna que, quando nativas e abatidas, configuram crime ambiental. A bióloga também enfatiza seu compromisso com o bem-estar dos animais: "E quanto a ajuda aos animais que aparecem machucados, ou filhotes, faço de todo coração, porque acredito que se veio até mim, é porque devo ajudar."
Este caso ilustra a importância da vigilância e da ação conjunta entre a comunidade científica e as autoridades para combater crimes ambientais. A operação não apenas visa proteger a biodiversidade local, mas também reforça a necessidade de conscientização sobre a preservação ambiental e o respeito à legislação vigente que proíbe práticas como a caça ilegal.