O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) oficiou nesta terça-feira, 11, ao diretor-presidente do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul – IPE Saúde, Paulo Afonso Oppermann, com cópia ao secretário Chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Artur Lemos, solicitando a realização de pagamento espontâneo aos médicos prestadores de serviços, referentes aos meses de maio e junho de 2024, com base na média de pagamentos dos últimos 6 meses.
“Estamos muito preocupados com a situação financeira dos médicos prestadores de serviços do IPE-Saúde, especialmente aqueles que foram afetados, direta ou indiretamente, pelas recentes enchentes no Estado e que tiveram severas perdas em seus consultórios, locais de trabalho, residências e até de familiares. Alguns atenderam e não puderam encaminhar a consulta, porque o sistema (Procergs) estava fora do ar”, observa o presidente do Simers, Marcos Rovinski. “Entendemos que tal medida não geraria prejuízo financeiro ao IPE-Saúde, tendo em vista que o Instituto não deixou de receber os valores dos servidores e pensionistas durante esse período”, acrescenta Rovinski.
Para o presidente da entidade médica, externado na documentação encaminhada ao governo, o pagamento de valores fixos com base na cobrança dos últimos 6 meses, é uma medida justa, adequada e necessária para auxiliar os profissionais que foram, direta ou indiretamente, afetados pelas enchentes e que continuam a prestar serviços essenciais à comunidade.
“Com bravura e compromisso com o bem-estar da população, muitos médicos se dedicaram à assistência dos resgatados e afetados pelas inundações, através do atendimento das pessoas nos pontos de resgate, abrigos, hospitais de campanha e onde mais fosse preciso”, lembra Rovisnki.
Ele reconhece e elogia a iniciativa do Instituto com a expedição Instrução Normativa nº 12/2024, estabelecendo medidas para garantir a continuidade da assistência aos segurados do IPE-Saúde durante a calamidade pública, possibilitando, inclusive, a realização de adiantamentos aos prestadores, o que é um passo importante para se reduzir os prejuízos aos médicos credenciados. Mas apela ao caráter humanitário do Instituto para o pagamento espontâneo aos médicos referentes aos meses de maio e junho de 2024.